quinta-feira, 9 de abril de 2009

Livro Harry Potter e o Engima do Príncipe

- CAPÍTULO UM -
O Outro Ministro
Era quase meia-noite e o Primeiro Ministro estava sentado sozinho em seu escritório, lendo um longo
memorando que percorria seu cérebro sem deixar vestígios de qualquer significado. Ele esperava por
uma ligação do Presidente de um país bem distante e, entre o pensamento de quando aquele homem
desprezível ligaria e a tentativa de esquecer as memórias desagradáveis do que tinha sido uma longa,
cansativa e difícil semana, não havia mais espaço algum em sua mente para qualquer outra coisa.
Quanto mais ele tentava concentrar-se no texto da página em sua frente, mais claramente o Primeiro
Ministro podia ver o rosto triunfante de um dos seus oponentes políticos. Esse oponente em particular,
havia aparecido nas notícias naquele dia, não apenas para enumerar todas as coisas terríveis que haviam
acontecido na última semana (como se alguém precisasse ser lembrado) mas também para explicar que
toda e qualquer uma delas era culpa do governo. O pulso do Primeiro Ministro acelerou-se diante de
todas aquelas acusações, que não eram nem justas nem verdadeiras.
Como podia seu governo deter o derrubamento daquela ponte? Era ultrajante para qualquer um sugerir
que eles não estavam investindo o suficiente em pontes. A ponte tinha pouco menos de dez anos, e nem
os especialistas conseguiam explicar como ela havia se partido em dois, lançando uma dúzia de carros
às profundezas aquosas do rio abaixo. E como alguém poderia ter a ousadia de insinuar que a falta de
policiais que havia resultado naqueles dois sórdidos e afamados assassinos? Ou que o governo havia de
alguma maneira previsto o furacão anormal no Oeste que havia causado danos tanto às pessoas quanto
às propriedades? Era sua culpa se um dos seus Jovens Ministros, Herbert Chorley, havia escolhido essa
semana para agir tão peculiarmente que ia estar passando muito mais tempo com sua família?
"Um terrível estado de espírito assolou o país", o oponente havia concluído, mal ocultando sua larga
expressão.
E, infelizmente, isso era perfeitamente verdade. O Primeiro Ministro mesmo sentia isso; as pessoas
realmente pareciam mais miseráveis que o normal. Até o tempo estava sombrio; toda essa fria neblina
no meio de julho...isso não estava certo...isso não era normal... Ele acabou a segunda página do
memorando, viu o quão longe tinha ido e desistiu de uma vez desse mau trabalho feito. Alongando seus
braços acima de sua cabeça, olhou em torno do seu escritório desapontado. Era uma bonita sala, com
uma fina lareira de granito em frente às longas janelas uniformes, fechadas firmemente contra neblina
fora de estação. Com um leve tremor, o Primeiro Ministro levantou-se e seguiu em direção a janela,
observando a fina neblina pressionando-se contra o vidro. Permanecendo de pé de costas para a sala,
ele ouviu uma fraca tosse atrás de si." Ele já a tinha ouvido antes. Ele se virou, bem lentamente,
encontrando com a sala vazia. "Olá?" ele tentou soar mais bravo do que se sentia.
Por um curto momento ele se permitiu apegar-se a uma impossível esperança de que ninguém pudesse
responder. Entretando, uma voz respondeu primeiro, rápida, a voz decisiva soou apesar de estar lendo
um relato preparado. Estava vindo - como o Primeiro Ministro já tinha conhecimento desde a primeira
tosse - o pequeno homem froglike(sapo) vestindo uma longa peruca prata a qual estava pintada em uma
pequena e suja imagem a óleo na outra extremidade do quarto. "Para o Primeiro Ministro dos trouxas. É
urgente nosso encontro. Por gentileza responda imediatamente. Sinceramente. Fudge." O homem na
pintura olhou investigando o Primeiro Ministro. "Er..." disse o Primeiro Ministro "escute...essa não é
uma boa hora para mim...eu estou esperando um telefonema, você entende...do presidente do..."
"Isso terá que ser remarcado" disse o quadro de uma vez.
O coração do Primeiro Ministro parou. Ele estava apavorado com aquilo.
"Mas eu realmente estava de preferência esperando falar..."
"Que tal arranjarmos que o Presidente esqueça de telefonar? Ele ligará amanhã a noite ao invés de
hoje." disse o pequeno homem "Gentilmente responda imediatamente para o Sr. Fudge."
"Eu...ah...muito bem." Disse o Primeiro Ministro fragilmente. "Sim. Eu verei Fudge."
Ele apressou-se de volta a sua mesa arrumando sua mesa então partiu. Ele tinha apenas retomado a sua
cadeira, e arrumado em sua face o que ele esperava uma relaxada expressão, quando brilhantes chamas
verdes explodiu em sua vida dentro da lareira vazia, abaixo de sua abóbada de granito. Ele assistiu,
tentando não denunciar a centelha de surpresa ou alarme, então um distinto homem apareceu por entre
as chamas girando tão rápido até o topo. Segundos depois, ele tinha escalado para fora encima de um
fino tapete antigo, escovando a cinza e longa manga listrada de sua capa, um cal e verde chapéu
amassado em suas mãos.
"Ah...Primeiro Ministro..." disse Cornélio Fudge, caminhando,com a mão estendida a frente "É bom,
vê-lo de novo.
O Primeiro Ministro não poderia honestamente escapar satisfeito para ver Fudge, que em suas
ocasionais aparições, aparte sendo um correto alarme em ambos, geralmente tenciona que ele estava
ouvindo algumas más notícias. Além disso, Fudge estava lançando um olhar distintamente ansioso. Ele
estava mais magro, mais calvo e grisalho e sua face tinha uma enrugada expressão. O Primeiro Ministro
tinha visto aquele tipo de expressão em políticos antes, e nunca é um bom sinal. "Como eu posso ajudálo?"
ele disse, apertando a mão de Fudge brevemente gesticulando em direção a mais difícil das
cadeiras em frente a mesa.
"Difícil saber por onde começar" murmurou Fudge, arrastando a cadeira, sentando e depositando o
chapéu em seus joelhos "O que uma semana, o que uma semana..."
"Tive uma péssima semana também, e você?" perguntou o Primeiro Ministro com rigor, esperando
conduzir a conversa que ele já entendia por encerrada e apanhou um objeto na mesa já sem nenhuma
expectativa de ajudar Fudge.
"Sim, é claro." disse Fudge, esfregando seus olhos cansadamente e olhou de forma impertinente para o
Primeiro Ministro "Eu tenho tido a mesma semana que você teve, Primeiro Ministro. A ponte de
Broakdale...os assassinos Bonés e Vance...sem mencionar a desordem em West Country..."
"Você - er - seu - eu quero dizer, alguns do seu pessoal estiveram - estiveram envolvidas com estes -
estes acontecimentos, não é?" Fudge fitou o Primeiro Ministro com um especial carrancudo olhar.
"Claro que eles estiveram" ele disse "Certamente, você percebeu o que vem acontecendo?"
"Eu..." hesitou o Primeiro Ministro. Isso era precisamente um tipo de comportamento que o fazia
apreciar muito menos, as visitas de Fudge. Ele era, apesar de tudo, o Primeiro Ministro e não apreciava
ser feito de ignorante, como um garoto de escola. Mas claro, ele estava apreciando isso desde sua
primeira visita com Fudge, em sua primeira noite como Primeiro Ministro. Ele lembrou-se como se
fosse ontem e sabia que isso o amedrontaria até seus últimos dias. Ele permaneceu em pé sozinho em
seu escritório, saboreando o triunfo que era seu depois de tantos anos de sonho e planejamento, quando
ele tinha ouvido a fraca tosse as suas costas, apenas como hoje a noite, e se virou para encontrar aquele
pequeno e feito retrato falando com ele, anunciando que o Ministro da Magia tinha chegado e estava
sendo introduzido. Naturalmente, ele tinha pensado que a longa campanha e tensão que as eleições
tinham causado nele o levariam a loucura. Ele estava aterrorizado para encontrar o retrato falando com
ele, apesar de este não ter sido nada comparado em como ele tinha se sentido quando um autoproclamado
bruxo saltou da lareira e apertou sua mão. Ele ficou mudo durante a amigável explicação
de Fudge de que havia bruxas e bruxos ainda morando em secretas partes do mundo, e seu ato seguro
de que ele não estava incomodando sua cabeça sobre eles o Ministro da Magia se sentiu na
responsabilidade sobre toda a comunidade mágica e preveniu a população não-mágica de não ter
consciência deles. Isso era, Fudge disse, um trabalho difícil que engloba todos os regulamentos de
responsabilidade no uso de vassouras para manter a população de dragões sob controle (o Primeiro
Ministro lembrou de ter agarrado com força o suporte da mesa nessa ponto). Fudge então deu um
tapinha no ombro do ainda abismado Primeiro Ministro de uma maneira paternal. "Não se preocupe."
ele tinha dito "Há chances de você nunca me ver de novo. Eu apenas o incomodarei caso alguma coisa
realmente séria aconteça, algo que posso afetar os Trouxas - a população não-mágica, eu deveria dizer.
De qualquer forma, viva e deixe viver. E eu devo dizer, você está aceitando isso muito melhor que seu
antecessor. Ele tentou me jogar para fora da janela, pensou que era trote planejado pela oposição."
Neste ponto, o Primeiro Ministro havia encontrado a voz que se perdera. "Você - você não é um trote,
então?" Isso tinha sido sua última desesperada esperança.
"Não." disse Fudge gentilmente "Não. Eu receio que eu não sou. Veja."
E ele transformou a xícara de chá do Primeiro Ministro em um rato.
"Mas." disse o Primeiro Ministro ofegante, assistindo a sua xícara de chá roer a ponta de seu discurso
"Mas, por que - por que ninguém me disse - ?"
"O Ministro da Magia apenas se revela para o Primeiro Ministro Trouxa do dia" disse Fudge,
guardando sua varinha de volta em sua jaqueta "Nós achamos que é o melhor jeito de se manter o
segredo."
"Mas, então..." balbuciou o Primeiro Ministro "mas por que não tem uma preparação para o Primeiro
Ministro
prevenir a mim -?"
Então, nesse ponto, Fudge realmente riu. "Meu querido Primeiro Ministro, você vai contar a alguém?"
Ainda gargalhando, Fudge jogou um pouco de pó na lareira, encaminhando-se para dentro das chamas
esmeraldas e desapareceu com um forte som de um sopro. O Primeiro Ministro pôs-se de pé,
permanecendo completamente imóvel, e percebeu que ele nunca, não importava o quanto vivesse,
ousaria mencionar esse encontro a nenhuma alma viva, pois quem em todo esse vasto planeta
acreditaria nele?
O choque o pegou de surpresa por um momento enquanto desaparecia. Por um tempo ele tentou se
convencer de que Fudge tinha realmente sido uma alucinação provocada pela carência de sono devido a
campanha de eleição. Em uma inútil tentativa de se livrar das lembranças desse desconfortável
encontro, ele deu o rato para sua alegre sobrinha e instruiu seu secretário pessoal de tirar aquele
quadro do homem feio que anunciou a vinda de Fudge.
Para o pavor do Primeiro Ministro, entretanto, o quadro tornou-se impossível de ser retirado. Quando
vários carpinteiros do tesouro público acabaram com suas tentativas, sem sucesso, de arrancar o quadro
da parede, o Primeiro Ministro desistiu da idéia e simplesmente resolveu ter esperança de que a coisa
permanecesse imóvel e em silêncio pelo resto de seus serviços naquele escritório. Ocasionalmente, ele
poderia jurar que avistou, pelo canto do olho, o ocupante do quadro bocejar, ou coçar seu nariz; mesmo
que, na primeira ou segunda vez, simplesmente andando pela sua imagem, e deixando nada, apenas
uma esticada lona enlameada. Contudo, ele havia treinado a si mesmo, muito bem, para não olhar para
a pintura, e sempre dizia firmemente para ele mesmo que seus olhos estavam brincando com ele,
quando alguma coisa como essa acontecia. Então, três anos depois, em uma noite muito parecida com
essa, o Primeiro Ministro estava sozinho em seu escritório quando o quadro mais uma vez, anunciou a
iminente chegada de Fudge, que explodiu por entre a lareira, encharcado em um estado de considerável
pânico. Antes que o Primeiro Ministro pudesse perguntar por que ele estava pingando por todo o seu
Axminster, Fudge começou falando alto sobre uma prisão que o Primeiro Ministro nunca tinha ouvido
falar, sobre um homem chamado "Serious" Black, algo que soou como Hogwarts e um menino
chamado Harry Potter, sendo que nada disso fazia o menor sentido para o Primeiro Ministro.
"Eu acabo de vir de Azkaban.." Fudge ofegou, derramando um monte de água da borda de seu chapéu
para dentro de seu bolso. "No meio do Oceano Norte, você sabe, vôo asqueroso...os Dementadores
estão em uma baderna." ele estremeceu "Eles nunca tiveram uma fuga antes. De qualquer modo, eu tive
que vir até você, Black é um conhecido assassino de trouxas e deve estar planejando a se reunir a Você
- Sabe - Quem...mas claro, você não sabe quem Você-Sabe-Quem é!" ele observou esperançoso o
Primeiro Ministro por um momento, então disse "Bem, sente-se, sente-se, é melhor contar tudo a
você...tem um uísque..."
O Primeiro Ministro, particularmente, sentiu-se ofendido por ser mandado sentar-se em seu escritório,
deixar de oferecer seu próprio uísque, mas ele sentou-se, no entanto. Fudge tinha puxado sua varinha,
conjurando dois grandes copos cheios de um líquido âmbar que soltava uma fina fumaça, levou um
deles as mãos do Primeiro Ministro e puxou uma cadeira.
Fudge falou por mais de uma hora. Em um ponto, ele se recusou a dizer um nome em voz alta, e o
escreveu instantaneamente em um pedaço de papel, que ele empurrou para a mão livre do Primeiro
Ministro. Quando por fim Fudge levantou-se prestes a partir, o Primeiro Ministro pôs-se de pé também.
"Então, você acha que..." ele deu uma olhada para baixo e fitou o nome em sua mão esquerda "Lord
Vol..."
"Aquele que não deve ser nomeado!" rangeu Fudge entre os dentes.
"Desculpe-me...você acha que aquele que não deve ser nomeado continua vivo, então?"
"Bem, Dumbledore diz que sim." disse Fudge enquanto puxava sua capa listrada para baixo do queixo
"mas nunca o encontramos.
Se você me perguntar, ele não é perigoso, a menos que, ele não tenha um suporte, então com o Black,
nós devemos ter cuidado. Sinalizaremos o perigo, então? Excelente. Bom, eu espero que não nos
vejamos novamente, Primeiro Ministro! Boa-noite."
Mas se encontrar novamente. Menos de um ano depois, com um olhar perturbado, Fudge apareceu no
fino ar no Gabinete do Primeiro Ministro para informá-lo que houve um pequeno aborrecimento
durante o "kadribol" (ou algo parecido) na Copa Mundial e que muitos trouxas estavam "envolvidos",
mas que o Primeiro Ministro não precisava se preocupar, o fato de que a mar de Você-Sabe-Quem foi
vista novamete não significa nada; Fudge estava certo de que estavam isolados e que a ligação com o
escritório trouxa estava partindo-se, com todas as modificações que eles falaram.
"Oh, e eu quase me esqueci" Fudge acrescentou "Nós estamos importando três dragões estrangeiros e
uma esfinge para o Torneio Tribruxo, apenas rotina, mas o Departamento de Regulamentação e
Controle de Criaturas Mágicas me disse que está no livro de regras que eu devo notificar você caso nós
trouxermos criaturas muito perigosas para dentro do país."
"Eu - o que - dragões?" balbuciou o Primeiro Ministro.
"Sim, três deles." Disse Fudge "E uma esfinge. Bom, tenha um bom dia."
O Primeiro Ministro apegando-se a um fio de esperança de que os dragões e a esfinge fossem o pior
disso tudo, mas não. Menos de dois anos mais tarde, Fudge explodiu em sua lareira novamente, dessa
vez com notícias sobre uma fuga em massa de Azkaban.
"Uma fuga em massa?" o Primeiro Ministro repetiu rouco.
"Mas não se preocupe, não precisa se preocupar!" Fudge gritou, já com um dos pés das chamas. "Nós
iremos cuidar disso - eu apenas pensei que seria bom informá-lo!"
E antes que o Primeiro Ministro pudesse dizer alguma coisa, "Agora, só espere um momento!" Fudge
partiu por entre as chuvas de chamas verdes. Sem se importar com a pressão e tudo o que a oposição
dizia, o Primeiro Ministro não era um tolo. Essas notícias não tinham escapado de sua sala, nem as
maliciosas garantias de Fudge desde o primeiro encontro, eles estavam agora se vendo mais
freqüentemente, nem o fato de que Fudge aparecia cada vez mais nervoso nas visitas posteriores.
Apesar dele gostar de toda essa coisa sobre o Ministro da Magia (ou, como ele sempre chamada Fudge,
o Outro Ministro), o Primeiro Ministro não poderia ajudar, mas sentia que da próxima vez que Fudge
aparecesse as notícias seriam muito mais graves. A visão, então, de Fudge caminhando para fora do
fogo uma vez mais, seu olhar confuso e nervoso e extremamente surpreso, fez com que o Primeiro
Ministro não soubesse exatamente a razão dele estar ali, era sobre a pior coisa que poderia acontecer no
curso dessa sombria semana.
"Como eu deveria saber o que anda acontecendo - er - comunidade bruxa?" estourou o Primeiro
Ministro agora.
"Eu tenho um país para fazer andar e eu estou carregado de problemas agora, sem..."
"Nós temos os mesmo problemas," Fudge interrompeu "A ponte de Brockdale ainda não apareceu. E
aquela não foi somente uma tempestade. Aqueles assassinos não eram trabalhos para trouxas. E a
família de Herbert Chorley seria salva sem ele. Nós estamos, no presente momento, fazendo acordos
para que ele seja transferido para o Hospital St. Mungos para Doenças e Danos Mágicos. A
transferência deve ser feita essa noite."
"O que você...eu receio...eu...o que?" rosnou o Primeiro Ministro.
Fudge respirou longa e profundamente e disse "Primeiro Ministro, eu sinto muito ter de lhe dizer que
ele voltou. Aquele que não deve ser nomeado."
"Voltou? Quando você diz "voltou"...ele está vivo? Eu quero dizer -"
O Primeiro Ministro buscou em sua memória por detalhes daquela horrível conversa de três anos atrás,
quando Fudge lhe disse sobre o bruxo que estava acima de todos os outros, o bruxo que havia cometido
milhares de terríveis crimes antes de seu misterioso desaparecimento há 15 anos"
"Sim, vivo," disse Fudge "Isso é - eu não sei - há um homem que não pode ser morto? Eu não sei
realmente explicar isso, e Dumbledore, provavelmente, não irá explicar isso - mas de qualquer forma,
ela certamente coonseguiu seu corpo de você e está andando, falando e matando, eu suponho,
o motivo dessa nossa discussão, sim, ele está vivo."
O Primeiro Ministro não sabia o que dizer quanto isso, mas um persistente hábito de querer se parecer
bem-informado em qualquer assunto, ele o obrigou a se lembrar de qualquer detalhes das conversas
anteriores.
"Serious Black está com - er - aquele que não deve ser nomeado?"
"Black? Black?" disse Fudge distraído, girando seu chapei repetidas vezes em seus dedos "Sirius Black,
você quer dizer? Pelas barbas de Merlin, não. Black está morto. Digamos que nós - ah - estávamos
enganados a respeito dele. Ele era inocente depois de tudo. E ele não era um partidário d'Aquele que
não deve ser nomeado também. Eu quero dizer," ele acrescentou defensivamente, girando o chapéu
ainda mais rápido, "todas as evidências apontavam - nós tínhamos mais de 50 testemunhas oculares -
mas de qualquer forma, como eu disse, ele está morto. Assassinado, se quer saber. Dentro do Ministério
da Magia. Isso será investigado, evidentemente..."
Para sua grande surpresa, o Primeiro Ministro sentiu-se apunhalado por Fudge neste momento. Isso foi,
entretanto, quase escurecido por uma enorme bola de desapontamento enquanto pensava sobre isso,
deficiente apesar de que ele deveria estar em uma das áreas de materialização de lareiras, nunca houve
um assassino em qualquer departamento do governo acima das leis...Não ainda, de qualquer modo...
Enquanto o Primeiro Ministro disfarçadamente tocava no tampo de madeira de sua mesa, Fudge
continuou, "Mas esqueça Black por agora. O fato é, nós estamos em uma guerra, Primeiro Ministro, e
ações têm que ser feitas.
"Uma Guerra?" repetiu o Primeiro Ministro nervovo.
"Certamente, isso não é um exagero?"
"Aquele que não deve ser nomeado tem se unido aos seus seguidos que escaparam de Azkaban em
Janeiro," disse Fudge, falando mais e mais rapidamente, e rodando seu chapéu tão rápido que ele
transformara-se em um cinza e verde distorcido "Desde de que eles tiveram a liberdade, eles tem
trazido a destruição. A ponte de Broakdale - ele fez isso, Primeiro Ministro, ele pôs em risco uma
grande parte dos Trouxas até eu tomar partido dele e -"
"Que sujeira, então isto tudo é sua culpa, todas essas pessoas estão sendo mortas e eu estou tendo que
responder sobre cordames enferrujados e ligações corrompidas e eu não sei o que mais?" disse o
Primeiro Ministro furiosamente.
"Minha culpa!" disse Fudge, ruborizado. "Você está dizendo que você teria pego um chantagista?
"Talvez não," disse o Primeiro Ministro, levantando-se e caminhando lentamente pela sala, "mas eu
teria colocado todo o meu poder para pegar o chantagista antes que ele cometesse qualquer outra
atrocidade!"
"Você realmente acha que eu não estou já fazendo todo o possível?" reclamou Fudge com o coração
escapando pela boca. "Todo auror do Ministério estava - e está - tentando encontrá-lo, além de todos os
seus seguidores, mas nós estamos falando sobre um dos mais poderosos bruxos de todos os tempos, um
bruxo, o qual, tem nos iludido sobre a sua posição por quase três décadas!"
"Então, eu suponho que você irá me dizer que ele causou o ciclone no West Country, também?" disse o
Primeiro Ministro, seu temperamento se elevando a cada vez que respirava. Isso o enfurecia, enquanto
tentava descobrir a razão de todos aqueles terríveis desastres e não era certo dizer isso ao público;
quase pior do que dizer que tudo isso era culpa do governo. "Aquilo não foi um ciclone," disse Fudge
miseravelmente.
"Desculpe-me!" gritou o Primeiro Ministro, agora positivamente andando de um lado para o outro.
"Três árvores desraigadas, pedra arrancadas, postes de rua quebrados, horríveis danos -"
"Isso foi feito pelos Comensais da Morte," disse Fudge, "os seguidores d'Aquele que não deve ser
nomeado. E...e nós suspeitamos de um enorme envolvimento."
O Primeiro ministro parou de caminhar como se houvesse colidido com uma parede invisível.
"Que envolvimento?"
Fudge fez uma careta, "Ele usou gigantes da última vez, quando ele queria causar um grande efeito. O
Escritório do Departamento de Mistérios(talvez) está trabalhando contra o relógio, nós tivemos times
de Obliviadores tentando modificar as memórias de todos os Trouxas que viram o que realmente
aconteceu, nós tivemos todo o Departamento de Regulamentação e Controle de Criaturas Mágicas
rondando Sumerset, mas nós não conseguimos encontrar o gigante - isso é um desastre!"
"Não diga isso!" falou o primeiro ministro furiosamente.
"Eu não direi que a ética está inabalada no Ministério," disse Fudge. "Que depois depois de tudo isso,
nós ainda perdemos Amélia Boones,"
"Perderam quem?"
"Amelia Boones. Chefe do Departamente de Aplicação das Leis Mágicas. Nós pensamos que aquele
que não deve ser nomeado enfureceu-se com ela, porque ela uma talentosa bruxa e - e todas as
evidencias eram de que ela se meteu em uma terrível briga." Fudge limpou sua garganta e, com um
esforço, e pareceu parar de rodar seu chapéu.
"Mas o assassinos estava nos noticiários," disse o Primeiro Ministro, momentaneamente divertindo-se
com sua fúria. "Nossos jornais. Amélia Boones...apenas disse que ela era uma mulher de meia-idade
que vivia sozinha. Como um - um asqueroso assassinato, não é? Isso tinha uma nota especial de
publicidade. A polícia está perplexa, você pode ver."
Fudge suspirou. "Bem, claro que eles estão. Morta em uma sala que for a trancada por dentro, não é?
Nós,por outro lado, sabemos exatamente quem fez isso, não que isso nos auxilie a pegá-lo. E então
houve Emmeline Vancem talvez você não tenha ouvido sobre o que -"
"Oh sim eu ouvi!" disse o Primeiro Ministro. "Aconteceu apenas há uma quadra daqui, como você deve
saber. Os papeis tinham um campo de data com esse: Quebra de Leis e Ordem no jardim do primeiro
ministro -"
"E como se não bastasse," disse Fudge, dificilmente ouvindo o primeiro ministro, "nós temos
Dementadores por todos os lados, atacando pessoas pela esquerda, direita e no centro..."
Pela primeira feliz vez essa frase soou incompreensível para o primeiro ministro, mas ele não se
alertou. "Eu pensei que os Dementadores guardavam a prisão de Azkaban." ele disse cuidadosamente.
"Eles guardavam," disse Fudge "mas não o fazem mais. Eles deixaram a prisão e se aliaram Àquele-que
não-deve-ser-nomeado. Eu não pretendia levar essa bofetada."
"Mas," disse o primeiro ministro, com um senso de profundo horror, "não lhe contei que eles são
criaturas que sugar a esperança e a felicidade das pessoas?"
"Está certo. E estão se proliferando. E é o que está causando toda essa neblina."
O primeiro ministro afundou-se, com os joelhos bambos, para a cadeira mais próxima. A idéia de
invisíveis criaturas descendo pelas cidade a caminho do campo, dispersando tristeza e desesperança em
seus votos, o fizeram se sentir completamente fraco.
"Agora veja aqui, Fudge - você fez tudo isso! Isso é sua responsabilidade como Ministro da Magia!"
"Meu querido primeiro ministro, você não pode honestamente pensar que eu ainda sou Ministro da
Magia depois de tudo isso. Eu fui demitido há três dias! Toda a comunidade bruxa gritou pela minha
resignação por uma quinzena. Eu nunca os vi tão unidos em todo o meu período como Ministro!" disse
Fudge, sorrindo depois de um grande esforço.
O primeiro ministro ficou momentaneamente sem palavras. Despistada sua indignação a posição que
lhe foi dada, ele ainda sentiu-se particularmente mal com o olhar contraído do homem sentado a sua
frente.
"Eu sinto muito," ele disse finalizando, "Se houver algo que eu possa fazer?"
"Isso é muito gentil da sua parte, Primeiro Ministro, mas não há nada. Eu fui enviado essa noite para
contar-lhe sobre os recentes eventos e introduzi-lo a meu sucessor. Ele deveria estar aqui agora, mas é
claro que ele está muito ocupado no momento com tudo o que vem acontecendo."
Fudge olhou a sua volta parando em direção ao quadro do pequenino homem feio vestindo uma longa
peruca de cachos prata, que estava atrás de sua orelha em um ponto preso por uma pena. Capturando o
olhar de Fudge o quadro disse, "Ele estará aqui em um momento, ele só está terminando uma carta para
Dumbledore." "Eu desejo-lhe sorte," disse Fudge, soando amargura, pela primeira vez. "Eu estou
escrevendo a Dumbledore duas vezes por dia desde a última quinzena, mas ele não mudou sua opinião.
Se ele apenas se preparou para persuadir o garoto, eu devo ainda ser...bem, talvez Scrimgeour terá
melhor sucesso." Fudge afundou-se no que óbvio e ferido silêncio, mas ele foi quebrado quase
imediatamente pelo quadro, que repentinamente falou rapidamente em sua voz oficial.
"Ao Primeiro Ministro dos Trouxas. Requerimento a uma reunião. Urgente. Por gentileza responda
imediatamente. Rufus Scrimgeour, Ministro da Magia."
"Sim, sim, ótimo," disse o primeiro ministro distraído, e lentamente as chamas da lareira tornaram-se
verde-esmeralda, levantaram-se e revelaram um segundo bruxo se dilatando em seus corações(?),
arremessando de volta seus momentos depois de uma antiga corrida(?). Fudge juntou seus pés, e depois
de alguns momentos de hesitação o primeiro ministro fez o mesmo, assistindo a nova entrada
endireitada, afastou o pó de sua longa capa preta e olhou a sua volta.
O primeiro tolo pensamento do primeiro ministro foi de que Rufus Scrimgeou parecia um velho leão.
Havia mechas grisalhas em sua espécie de juba marrom-amarelada; ele tinha olhos penetrantes e
também amarelados por trás dos óculos de armação metálica, e uma certa maneira de se movimentar
encorpada e galopada, mesmo sendo ligeiramente manco. Houve uma impressão imediata de
tenacidade e resistência, o primeiro ministro pensou que ele entendia o porquê da comunidade bruxa
preferir Scimgeour a Fudge como um lider, nesses tempos perigosos. "Como vai você?" disse o
primeiro ministro polidamente estendendo sua mão.
Scrimgeour a agarrou brevemente, seus olhos varrendo a sala até puxar a varinha de dentro de sua capa.
"Fudge lhe contou tudo?" ele perguntou, encaminhando-se até a porta e espremer sua varinha dentro do
buraco da fechadura. O primeiro ministro ouviu um clique.
"Er - sim," disse o Primeiro Ministro. "E se você não se importa, eu prefiro que a porta permaneça
aberta."
"Eu prefiro não ser interrompido," disse Scrimgeour de imediato, "ou assista," ele acrescentou,
apontando para as janelas então as cortinas se arrastaram por ela.
"Certo, bom, eu sou um homem muito ocupado, então vamos aos negócios.
Antes de tudo, nós precisamos discutir sua segurança."
O primeiro ministro afastou uma mecha de cabelo e respondeu, "Eu estou perfeitamente feliz com a
segurança que eu já tenho, muito obrigado -"
"Bom, nós não." Scrimgeour o cortou. "Isso será uma pequena vigilância para os Trouxas se o Primeiro
Ministro deles sofrer um feitiço Imperius. O novo secretário no seu próprio escritório -"
"Eu não me livrarei de Kingsley Shackebolt, se é isso que você está sugerindo!" disse o primeiro
ministro estrondoso. "Ele é muito eficiente, faz duas vezes o trabalho que fazem os outros -"
"Isso porque ele é um bruxo," disse Scrimgeour, sem uma única faísca de um sorriso. "Vários aurores
treinados, que estão determinando-se a protegê-lo."
"Agora, espero um momento!" declarou o primeiro ministro."Você não pode colocar o seu pessoal no
meu escritório. Eu decido quem trabalha para mim.”
"Eu pensei que você estivesse satisfeito com Shackebolt?" disse Scrimgeour sem cordialidade.
"Eu estou - eu quero dizer, estava -"
"Então não há problema, há?" disse Scrimgeour.
"Eu...bem, se o trabalho de Shacklebolt continuar a ser...er...excelente," disse o primeiro ministro
lamentando, mas Scrimgeour dificilmente pareceu ouvi-lo.
"Agora, sobre Herbert Chortley - seu acessor junior," ele continuou. "Aquele que vem entretendo o
público ao incorporar um pato."
"O que tem sobre ele?" perguntou o primeiro ministro.
"Ele tem evidentimente uma mediocre performace de um Imperious, - disse Scrimgeour. "Estragaram
seu cérebro, mas ele ainda poderia ser perigoso."
"Ele só está grasnindo!" disse o primeiro ministro fracamente.
"Certamente uma parte de todo o resto... talvez aconteça facilmente pela bebida." "Um time de
Curandeiros do Hospital St. Mungus para Doenças e Danos Mágicos está examinando ele, enquanto
conversamos. Uma pena, que ele tenha se esforçado para estrangular três deles," disse Scrimgeour. "Eu
acho que é melhor, nós o removemos da sociedade Trouxa por um tempo."
"Eu...bem...ele ficará bem, certo?" disse o primeiro ministro ansioso. Scrimegeour somente deu de
ombros, já movendo-se em direção a lareira.
"Bom, isso é tudo o que eu tinha para dizer. Eu manterei contato sobre o desenvolvimento, primeiro
ministro - ou, por ultimo, e acho que, provavelmente, estarei muito ocupado para faze-lo pessoalmente,
e nesse caso eu pensi que mandei Fudge vir aqui. Ele consentiu em permanecer tendo uma capacidade
consultiva."
Fudge forçou um sorriso, mas sem sucesso; ele apenas olhou como se estivesse com dor de dente.
Scrimgeour já estava procurando em seu bolso por algo de misterioso poder que atirou no fogo verde.
O primeiro ministro contemplou esperançoso os dois por um momento, então as palavras lutaram com
a surpresa de tudo explodiu nele por fim.
"Mas pelo amor de Deus - você são bruxos! Vocês podem fazer magia! De repente você pode ordenar -
bem - qualquer coisa!"
Scimgeour virou lentamente até um ponto e trocou um olhar duvidoso com Fudge, que realmente
obteve sucesso em um sorriso naquele momento e ele disse gentilmente, "O problema é o outro lado
que pode fazer magia também, Primeiro Ministro."
E com isso, os dois bruxos caminharam um após o outro para dentro das chamas verdes e sumiram.

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